domingo, 18 de julho de 2010

O teatro de Edir Macedo – Segunda parte

Já leu O Teatro de Edir Macedo – Primeira parte?



Durante a entrevista com Edir Macedo, à guisa de “esclarecer” as denúncias de apropriação de dinheiro de incautos, a reporter citou em alto em bom som  o nome de algumas pessoas que requerem, na justiça, a devolução de dinheiropassados à IURD mediante seus triviais engodos.
O que vi, foi uma intenção dissimulada de divulgar seus nomes de forma que, se aloprados da igreja se decidissem por pressioná-los, saberiam a quem.
Que se cuidem então.
(E ontem o Jornal Nacional trouxe reportagem do Rio Grande do Sul, das mesmas práticas de achaque da “igreja”. Eu acho que deverão pulular processos na Justiça contra a IURD, de pessoas pedindo a restituição de seu rico dinheirinho…)
A guerra tá braba e a Record cuida de defender suas trincheiras. Até Ana Paula Padrão pagou pau à boçalidade, dizendo “supostas denúncias”.
Meu saco: se o julgador acatou o processo, mais que existe a denúncia. Oras, a Record assim cai em ridículo (risível?) nas tentativas de desqualificar o processo judicial e seus agentes.
Voltemos para Miami.
E durante toda a entrevista, a edição quis mostrar um Edir Macedo em tranquilidade com os acontecimentos.
Mas, tranquilidade, com respeito à justiça brasileira, com respeito aos processos que o dão como chefe de quadrilha. Para isso tudo, a justiça brasileira, ele tá cagando e andando.
(Contra tudo, ele pode percorrer até a última instância, o STF, uma vez  que seus advogados podem recorrer invocando a liberdade de culto prevista na Constituição)
O que o incomoda, é dos fatos estarem recebendo toda cobertura da Rede Globo, o que faz da rival seu alvo.
E não é que a reporter perguntou sobre o dá ou desce? E o Macedo bem que tentou reinterpretar esse dito popular. Mas muito mal, nada que “colasse”.
Perguntado pela repórter qual “sua grande missão”, Macedo disse que era o de transformar a Record na maior emissora de televisão do país, a campeã de audiência,. Ele disse que iria “arrebentar“.
E a Igreja Universal?, perguntou a repórter.
E Edir respondeu que pretendia agora levá-la até o mundo árabe. (É, seus planos para conquistar o mundo não são fracos…)
As despedidas:
A edição da matéria comportou-se como se tivessem retirado Edir Macedo de sua rotina diária, de suas reuniões com pessoas.
Então, terminada a entrevista ele se dirigiu até um corredor, onde parecia existir um elevador com algumas pessoas já o esperando.
De lá, ainda voltou-se para a repórter e repetiu com voz de brado: Arrebentar!aompanhado por uma gargalhada de escárnio.
E é isso ai mesmo. Macedo escarnece da justiça e dos processos que ali transitam contra ele e os seus.
Na pior das hipóteses, se sobrevierem custas, multas, cobranças de impostos, basta correr a sacolinha e pagar tudo. Não é assim?
E lá nave vá.

O teatro do Edir Macedo em Miami – Primeira Parte

A TV Record prometeu um programa bombástico sobre as acusações contra a quadrilha de Edir Macedo e fiquei para ver.


Prá variar, o cacete cantou contra a desafeta Rede Globo e as espúrias ligações dos Marinho com o governo, desde a ditadura militar até a eleição de Collor.


Até ai, nada de novo. Mais requentado que isso só meus rangos de final de semana.


(Contar proceis… ontem, dei uma rapa na geladeira… uma gororoba com uns oito ingredientes)


De novidade mesmo, um terreno público atualmente utilizado pela Globo. Favorecimento descabido, sem dúvidas. E cessão certamente gratuita e conseguida pelo tráfico de influência.


Na sequência, uma entrevista com o próprio Edir Macedo. E o teatro começa desde quando mostram a repórter se locomovendo pelas ruas, até o aeroporto.


Seu destino, Miami. E em off a voz da repórter dizendo que partia para entrevistar o homem que era o pivô de toda aquela balbúrdia mediática, “sem sequer saber se seria atendida“.


(O jornalismo da Record vai de paupérrimo à um chute no saco, em ofensas à inteligência)


Em Miami, mostra um templo da IURD de arquitetura faraônica, onde deveria se encontrar com o ômi.


E ele chega (melhor, é mostrado) como se tivesse vindo dirigindo seu carro, sem motorista ou guarda-costas. (ops, obreiros…)


Dentro do templo, acomodados em ricas poltronas de estilo Luiz XV, Edir Macedo chegou dizendo que a repórter poderia perguntar “tudo que quisesse, tudo que lhe viesse à cabeça”.


(Não é de amargar essa? Como se ele tivesse recebido toda a imprensa que o procurou e que a menina ali, não fosse um simples funcionária sua enviada com a pauta pré-aprovada pelos “bispos”)


Sim, ele respondeu (e mal, ele é pessimamente articulado para alguma resposta inteligente. Afinal, com boçais com os quais está acostumado, bastam palavras de ordem doutrinadoras) às perguntas sempre pregando-se na cruz e jogando a bucha nas mãos de Deus.


Ele se embananou mesmo, quando perguntado sobre o que achava das pessoas que o acusavam.


Disse Macedo, que a média, a Globo, o perseguia por causa do crescimento (sic) dos índices de audiência da TV Record.


E a sociedade?, perguntou a repórter.


A sociedade, disse Edir (vão vendo…) afora aquele que dependem da mídia, ele não se sentia perseguido. Apenas o persegue esses levados por uma… uma… uma… fé emotiva.


(Sim, ele enroscou. Seu parco repertório de termos o fez usar exatamente o mesmo do qual é acometido os abestados que pululam em suas igrejas: fé emotiva)


Nas entrelinhas, deixou escapar que se negara a atender a reportagem da Globo e da Fox, o que é um sinal que sua batata deve estar assando também nos USA.

O que significa o Dá ou desce?

O “dá ou desce” é uma expressão que indica coerção, constrangimento, a opção do ruim pelo… ruim também.
Sua origem é sexual e até ai, qualquer bobo sabe. Ela é do tempo em que eram poucos os carros e quase nenhuma as namoradas que, digamos, facilitavam as coisas.
Tempos aqueles, que já acontecia das moças se permitirem a alguma liberdade com um rapaz. E aceitar uma carona para casa, sozinha, era o limite possível dessa liberdade a que me refiro. Era o limiar para “perdida”.
(Chovendo aqui e a dona da pensão está à maquina, costurando roupitas da netinha. Ela é minha consultora para Assuntos Anos Sessenta)
As mais saídas (“saidinhas”, como eram chamadas) até tinham namoricos de poucas semanas sem que a familia viesse conhecer o namorado. O normal, era todo namoro começar firme e a familia conhecer o namorado quase que de imediato.
E, nessa dificuldade toda para aboletar a moça no banco do carona no seu carro e, antes de se dirigir direto para a casa dela, o esquema era perambular por algum lugar ermo e ali dar início uma “dança do acasalamento”.
Bem, eu era menino por essa época, lá pelo início dos anos sessenta. Mas lembro de conversas de “fulana que teve que vir a pé para casa”.
Podia ser uma longa caminhada. Aqui, o “abatedouro” era longe.
Essa é a origem do dá ou desce.

E A MODA IMBECIL



Já topei com várias dessas por ai. Como diria Raul, isso é “botar brinquinho pro ego ir p’ras alturas”.

Embora nascida em guetos, não deverá rolar entre vagabundos.

E correr, como?

NADA MAIS IMBECIL




Vê televisão? Se vê, já deve ter notado uma publicidade institucional do Ministério da Cultura alertando sobre roubos de obras de arte.

É crime!

Eu poderia pensar num estúpido consumo de verba em publicidade não fosse a inadiável necessidade de avisar que roubos, inclusive de obras de arte, são crimes previstos em lei.

Ouviram ladrões de obras de arte? Agora estão avisados hem? Roubar obras de arte é crime, tá?

Entendem-se.