domingo, 18 de julho de 2010

O teatro do Edir Macedo em Miami – Primeira Parte

A TV Record prometeu um programa bombástico sobre as acusações contra a quadrilha de Edir Macedo e fiquei para ver.


Prá variar, o cacete cantou contra a desafeta Rede Globo e as espúrias ligações dos Marinho com o governo, desde a ditadura militar até a eleição de Collor.


Até ai, nada de novo. Mais requentado que isso só meus rangos de final de semana.


(Contar proceis… ontem, dei uma rapa na geladeira… uma gororoba com uns oito ingredientes)


De novidade mesmo, um terreno público atualmente utilizado pela Globo. Favorecimento descabido, sem dúvidas. E cessão certamente gratuita e conseguida pelo tráfico de influência.


Na sequência, uma entrevista com o próprio Edir Macedo. E o teatro começa desde quando mostram a repórter se locomovendo pelas ruas, até o aeroporto.


Seu destino, Miami. E em off a voz da repórter dizendo que partia para entrevistar o homem que era o pivô de toda aquela balbúrdia mediática, “sem sequer saber se seria atendida“.


(O jornalismo da Record vai de paupérrimo à um chute no saco, em ofensas à inteligência)


Em Miami, mostra um templo da IURD de arquitetura faraônica, onde deveria se encontrar com o ômi.


E ele chega (melhor, é mostrado) como se tivesse vindo dirigindo seu carro, sem motorista ou guarda-costas. (ops, obreiros…)


Dentro do templo, acomodados em ricas poltronas de estilo Luiz XV, Edir Macedo chegou dizendo que a repórter poderia perguntar “tudo que quisesse, tudo que lhe viesse à cabeça”.


(Não é de amargar essa? Como se ele tivesse recebido toda a imprensa que o procurou e que a menina ali, não fosse um simples funcionária sua enviada com a pauta pré-aprovada pelos “bispos”)


Sim, ele respondeu (e mal, ele é pessimamente articulado para alguma resposta inteligente. Afinal, com boçais com os quais está acostumado, bastam palavras de ordem doutrinadoras) às perguntas sempre pregando-se na cruz e jogando a bucha nas mãos de Deus.


Ele se embananou mesmo, quando perguntado sobre o que achava das pessoas que o acusavam.


Disse Macedo, que a média, a Globo, o perseguia por causa do crescimento (sic) dos índices de audiência da TV Record.


E a sociedade?, perguntou a repórter.


A sociedade, disse Edir (vão vendo…) afora aquele que dependem da mídia, ele não se sentia perseguido. Apenas o persegue esses levados por uma… uma… uma… fé emotiva.


(Sim, ele enroscou. Seu parco repertório de termos o fez usar exatamente o mesmo do qual é acometido os abestados que pululam em suas igrejas: fé emotiva)


Nas entrelinhas, deixou escapar que se negara a atender a reportagem da Globo e da Fox, o que é um sinal que sua batata deve estar assando também nos USA.

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